terça-feira, 14 de outubro de 2008

Embrião híbrido: Pesquisa vital ou divertimento?


Andámos a pesquisar umas coisitas sobre genética durante estes dias e descobrimos um artigo no TimesOnline©, datado de Abril deste ano da graça de 2008, em que um grupo de cientistas britânicos afirma ter conseguido criar um embrião híbrido, um cruzamento entre uma célula bovina e uma célula humana.


Antes que comecem a criar macaquinhos sobre o artigo, devem saber qual foi o objectivo desta experiência, para isso leiam este excerto do artigo:


“O professor John Burn, um membro da equipa de pesquisa da Universidade de Newcastle, disse à BBC: Isto é um trabalho licenciado que foi cuidadosamente avaliado. É um processo criado num prato, e estamos a lidar com um monte de células que nunca deverão ser desenvolvidas. É um processo de laboratório e estes embriões nunca deverão ser implantados em ninguém (...) Depois de a técnica ser testada, os cientistas esperam criar cybrids a partir do ADN de pacientes com doenças genéticas. As células estaminais resultantes poderiam ser usadas como modelos dessas doenças para fornecer conhecimentos profundos sobre o seu desenvolvimento e para testar novos tratamentos. (...) Os embriões cruzados que foram criados pelo grupo de Newcastle, são conhecidos como um tipo de híbridos citoplasmáticos ou cybrids, que são criadas, colocando um núcleo de uma célula humana no óvulo animal, do qual foi removido o núcleo. O material genético resultante no embrião é 99.9% humano.”


Como seria de esperar, esta experiência foi séria e severamente contestada por órgãos religiosos, principalmente a Igreja Católica Romana e ainda, pelas suas declarações únicas, um padre da Igreja Católica da Escócia, descreve este trabalho como “experiências de proporções Frankensteinistas


Temos também a opinião de investigadores médicos, que dizem que este trabalho foi um passo importante na área da saúde, mas que querem ver publicados mais detalhes antes de julgarem os seus feitos.


Opinião do Grupo:

Sendo este um tema mais complicado de abordar, o grupo C2 chegou a uma conclusão depois de muito diálogo e discussão. A pesquisa pelo nosso bem-estar e das gerações futuras pode ser muito importante, tendo por vezes custos e sacrifícios para conseguir resultados. Mas até que ponto poderá ser levada essa pesquisa? Será vital realizar experiências como esta para combater as doenças mais devastadoras que conhecemos até hoje?

Deixem a vossa opinião!

Um bem-haja para todos

Grupo C2


Nota: Esta experiência foi autorizada e está a ser supervisionada pela Autoridade da Fertelidade Humana e Embriologia - Fertilisation and Embryology Authority (HFEA)

E para quem queira ler o artigo todo, aqui está o link: http://www.timesonline.co.uk/tol/life_and_style/health/article3663033.ece

10 comentários:

Anónimo disse...

E se houver para aí um "maluco" qualquer que decida fazer crescer estes embrões e implantá-los em ventres de mulheres? Quem vigia o trabalho dos cientistas?

Teresa Hilário

Stefan Ferreira disse...

Ah..não é qualquer ''maluco'' que tem conhecimentos deste nível. Quem vigia o trabalho dos cientistas? Pois existem leis a cumprir, autoridades responsáveis por tal coisa, além da ética que por base seguem normalmente.
Enquanto ao tema, não tenho nada contra o desenvolvimento ou a criação de embriões etc. que eventualmente iram trazer benefícios para todos.
Heh, já adivinhava quem algum padre iria aparecer para comentar...é normal, a ciência passa o seu tempo a destruir os mitos e fantasias criadas pelo os religiosos.

Anónimo disse...

Não é de todo vital o desenvolvimento destes seres, mas acho que a curiosidade em torno destes vai eventualmente levar á sua produção...

Anónimo disse...

Tudo depende do uso que dão a estes embriões!
Se forem usados só para estudo, então apoio, mas se forem mal usados, então discordo!!!

Anónimo disse...

Vamos ver resultados destas experiências num futuro próximo?

Anónimo disse...

Eu acho que se devem fazer estas experiências se não se desenvolver mais nada a partir daqui. Se, como a stora disse, algum maluco se lembrar de criar pessoas a partir destas células, discordo completamente!

Anónimo disse...

olá,

gostaria de dizer que concordo totalmente com experièncias que no futuro tragam beneficios para o Ser Humano e Animal também, desde que não se criem mutações e aberrações que venham a sofrer.
pois devemos e temos a obrigação moral de precaver essa situação.

Luis Pinto

Sofia disse...

São experiências destas que conduzem à evolução da Ciência e da Saúde e que trazem novas esperanças nos tratamentos e curas para doenças que, até agora, destroem vidas sem que possamos fazer nada (ou muito pouco).

Mas isto é como tudo. A finalidade com que se fazem estas experiências pode ser sempre distorcida, e basta que pessoas desequilibradas (ou algo pior) se lembrem de as utilizar em seu proveito e fazer monstruosidades que depois são atribuídas, injustamente, a cientistas cujo único objectivo era o bem da sociedade.

Daniel Carrilho disse...

Sim infelizmente os cientistas são quase sempre vistos como aquela pessoa desprezivel e obcecada por conseguir resultados, muito por culpa das *cof*cof*religiões*cof*cof*

Espero que prossigam com as experiências em prole da curiosidade cientifica e/ou de um bem maior...caso contrário são obsoletas

Deméter disse...

Se, de facto, as coisas forem-se desenvolvendo como se refere no texto, "...células que nunca deverão ser desenvolvidas. É um processo de laboratório e estes embriões nunca deverão ser implantados em ninguém (...)" então concordo plenamente. Mas, se nem toda a gente seguir com o que se deve fazer então discordo completamente.
No geral, acho que é um assunto que deve ser realmente tratado de forma a desenvolver beneficios para a saude mas, que tambem deve implicar muitos cuidados e muita vigilancia para que, nao sofram uns em prol dos outros.
CARINA